Tirada do Livro Cypherpunks - Liberdade e o Futuro da Internet
De Julian Assange com Jacob Appelbaum, Andy Müller-Maguhn e Jérémie Zimmermann
2006
4 de outubro: O domínio WikiLeaks.org é registrado.
6 de dezembro: WikiLeaks publica o primeiro documento, Inside Somalia and the Union of
Islamic Courts.
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2007
15 de janeiro: A jornalista Elizabeth Williamson publica um artigo no Washington Post sobre
o projeto WikiLeaks.
26-27 de janeiro: Julian Assange fala no Fórum Social Mundial sobre a presença de
WikiLeaks no Quênia por alguns meses.
30 de agosto: WikiLeaks divulga relatório da empresa de consultoria de riscos Kroll, que
alega o “desvio de 1 bilhão de libras do governo” por parentes e pessoas relacionadas ao líder
queniano Daniel arap Moi. O governo do Quênia confirma que recebeu esse relatório em abril
de 2004.
2 de outubro: Bradley Manning se junta ao exército.
6 de outubro: NATO Media Operations Center publica NATO in Afghanistan: Master
Narrative. Com distribuição restrita à International Security Assistance Force (ISAF).
Divulgada por WikiLeaks em 25 de fevereiro de 2009.
4-8 de novembro: WikiLeaks publica diversos artigos sobre a presença do exército norte-
americano no Iraque, a partir de reportagens investigativas realizadas por Julian Assange e sua
equipe.
14 de novembro: Daniel Quinn Jr., responsável pela segurança de informação do
Comando Sul das Forças Armadas Americanas, envia e-mail para WikiLeaks, informando que
os procedimentos operacionais da Força-Tarefa Guantánamo para a prisão na baía de
Guantánamo, de 2003, compõem um relatório que não é público, e pergunta se o documento
pode ser retirado do ar.
2008
Fevereiro: o site WikiLeaks.org ficou fora do ar ao longo de duas semanas por ordem
judicial, que alegava a publicação indevida de documentos sobre lavagem de dinheiro e
sonegação de impostos pelo Julius Bare Bank nas Ilhas Cayman e na Suíça.
Abril-Agosto: Bradley Manning recebe treinamento para se tornar analista de inteligência
militar em Fort Huachuca.
4 de outubro: WikiLeaks abre uma conta no Twitter.
2009
5 de janeiro: WikiLeaks publica lista de 797 domínios filandeses censurados, usados para
publicação de pornografia infantil.
14 de janeiro: Pentágono (CENTCOM) publica documento composto por doze slides de
gráficos, mapas, estatísticas e textos sobre a guerra no Afeganistão, preparado pela
International Security Assistance Force (ISAF) no Afeganistão e classificado como “Somente
para uso oficial”. O documento foi intitulado “Metrics Brief, 2007-2008”, e publicado em 12 de fevereiro de 2008 no WikiLeaks.org.
19 de janeiro: WikiLeaks disponibiliza o livro censurado A Coup for the Rich: .ailand’s
Political Crisis, originalmente publicado por Giles Ji Ungpakorn, professor-associado da
Faculdade de Ciência Política da Chulalongkorn University, Tailândia.
23 de fevereiro: WikiLeaks publica gravações confidenciais do Bank Julius Baer feitas por
Arturo Acosta Chappara, um desconhecido chefe de polícia mexicano responsável pelo
desaparecimento de 140 detidos em Guerrero e condenado por tráfico de drogas.
27 de fevereiro: WikiLeaks acusa o Pentágono por derrubar oneteam.centcom.mil em
resposta ao WikiLeaks quebrar a criptografia do documento NATO’s Master Narrative for
Afghanistan, que pode ser encontrado no site da Central de Comando do Pentágono.
2 de março: Mandado de busca da polícia alemã conectando a lista dinamarquesa de
censura publicada no WikiLeaks em fevereiro de 2009.
10 de março: WikiLeaks posta no Twitter: “WikiLeaks divulga lista de 5 mil doadores do
senador Coleman, 56 mil apoaidores/contatos e mais. Fique atento”. O jornal .e Hill
notificou WikiLeaks da posse indevida de informações particulares do candidato e informou
que seria feita uma publicação on-line alegando que a campanha de Coleman havia sido
violada.
11 de março: pelo Twitter, WikiLeaks divulga que o senador Coleman possui os códigos
de segurança de cartões de crédito de todos os seus doadores e apoiadores.
12 de março: WikiLeaks publica um comunicado à imprensa a respeito do banco de dados
de contribuintes do senador Coleman, declarando que:
1) WikiLeaks é um serviço público não
partidário;
2) Coleman divulgou os dados de crédito completos, mas o WikiLeaks não [apenas
os quatro últimos dígitos do cartão de crédito];
3) O banco de dados veio a público por meio
da Campanha de Coleman;
4) De acordo com a lei, a Campanha de Coleman nunca deveria
ter guardado as informações de segurança de seus contribuintes;
5) De acordo com a lei, a
Campanha de Coleman deveria ter notificado os contribuintes.
18 de março: WikiLeaks publica carta do advogado queniano de direitos humanos Oscar
Kamau Kindara assassinado, datada de 14 de outubro de 2008, endereçada ao ministro de
Segurança Interna e ao presidente da Comissão Parlamentar de Segurança, que exigia
explicações do governo sobre as circunstâncias que levaram aos assassinatos e aos
desaparecimentos misteriosos de homens e mulheres entre julho de 2008 e setembro de 2008.
Fim de outubro: Bradley Manning chega ao Iraque.
20 de dezembro: Bradley Manning tem um “desvio de conduta” durante uma sessão de
terapia. O soldado teria virado uma mesa, danificado um computador e sido contido por um
oficial. Major Clausen escreveu um memorando sobre o incidente; Manning foi enviado a um
especialista comportamental logo em seguida.
24 de dezembro: um psicólogo recomenda que Bradley Manning seja transferido do turno
da noite para o turno do dia, com tarefas de baixa intensidade. Determina que Manning é
potencialmente perigoso para si mesmo e para os demais, e recomenda a remoção de sua arma
e maior monitoramento.
2010
21 de janeiro: Bradley Manning deixa Bagdá para visitar sua família nos Estados Unidos e
retorna em 11 de fevereiro.
18 de fevereiro: WikiLeaks publica telegrama confidencial da Embaixada dos Estados
Unidos em Reykjavik, datado de 13 DE JANEIRO de 2010.
18 de março: Julian Assange teria sido perseguido durante um voo entre Reykjavik e
Copenhagen por dois indivíduos com credenciais diplomáticas e registradas sob o nome de
“U.S. State Department”.
22 de março: um voluntário da WikiLeaks foi detido pela polícia islandesa e interrogado
por 21 horas, enquanto eram mostradas fotografias de Julian Assange em um restaurante de
Reykjavik, no qual teria sido usada uma sala para “realizar um encontro para edição de um
vídeo em que civis são mortos por pilotos norte-americanos”.
12 de abril: o informativo à imprensa enviado pelo Departamento de Defesa diz que
“WikiLeaks, [é] um site de denúncia que publica documentos enviados por anônimos e
documentos que vazaram”. Gates diz acreditar que o site não provocará consequências
duradoras. Quando perguntado se a divulgação do vídeo de 2007 contendo imagens de civis
iraquianos atingidos por tiros de militares norte-americanos em um helicóptero Apache
prejudicaria a imagem dos Estados Unidos, respondeu que “achava que não”.
29 de maio: Bradley Manning é preso no Camp Arifjan, Kuwait, sob suspeita de fornecer ao
WikiLeaks o vídeo de 2007.
5 de junho: Bradley Manning é acusado de vazar informação confidencial.
9 de junho: o agente especial Mark Mander, da unidade de Investigação de Crimes
Computacionais do exército americano acompanhará o caso de Bradley Manning até
novembro de 2011.
25 de julho: WikiLeaks publica os Diários da Guerra do Afeganistão, mais de 70 mil
relatórios militares secretos que revelam assassinatos indiscriminados de civis por forças
americanas.
26 de julho: o presidente do Comitê de Forças Armadas do Congresso envia uma nota à
imprensa dizendo que “a divulgação de documentos secretos pode colocar a segurança
nacional – e a vida de homens e mulheres em combate – em risco”.
27 de julho: o presidente Barack Obama, pela primeira vez, fala publicamente sobre
WikiLeaks ter divulgado mais de 70 mil documentos secretos relacionados à guerra do
Afeganistão.
29 de julho: no Camp Ari.an, Kuwait, Bradley Manning é considerado suspeito por estar
envolvido na divulgação de centenas de relatórios de inteligência secreta sobre a guerra do
Afeganistão. No dia seguinte, 30 de julho, será encaminhado para Quantico, na Virgínia.
11 de agosto: Assange chega à Suécia para uma conferência, onde irá conhecer as duas
mulheres que o acusarão de abuso sexual e estupro.
20 de agosto: O Ministério Público sueco emite uma ordem de prisão contra Julian
Assange por acusações de crimes sexuais a partir do depoimento de duas mulheres não
identificadas.
21 de agosto: A ordem de prisão contra Assange é suspensa. A procuradora-chefe, Eva
Finne, afirma que “Não há razões para suspeitar que ele tenha cometido estupro”. A
investigação por abuso sexual irá continuar.
22 de agosto: o Pentágono, em sua conta do Twitter, chama Julian Assange de
“estuprador”.
31 de agosto: Assange é interrogado por uma hora em Estocolmo, e nega as acusações.
1 de setembro: a procuradora Marianne Ny, diretora do departamento de processos contra
crime sexuais, decide reabrir a investigação sobre estupro no caso de Assange.
22 de outubro: O WikiLeaks começa a publicar os Registros de Guerra do Iraque, 400 mil
relatos de campo sobre a guerra do Iraque, mostrando inclusive tortura de prisioneiros pelas
forças norte-americanas.
18 de novembro: A polícia sueca emite nova ordem de prisão contra Assange, para ser
questionado.
20 de novembro: a Interpol emite uma ordem internacional de prisão contra Julian
Assange, a pedido da Suécia. Dez dias depois, emite um “alerta vermelho” contra ele.
28 de novembro: O WikiLeaks começa a publicar o Cablegate, um conjunto de mais de
250 mil relatórios diplomáticos de 274 embaixadas dos EUA no mundo todo.
29 de novembro: Sarah Palin publica em sua conta no Facebook que Assange é “um
antiamericano com sangue nas mãos” e questiona o motivo de as autoridades norte-
americanas não estarem olhando para ele como olham para os terroristas.
30 de novembro: O ex-deputado democrata Barney Frank diz que Assange, Manning e
WikiLeaks providenciaram ajuda e conforto aos inimigos dos Estados Unidos, e que,
portanto, devem ser processados. O deputado republicano Doug Lamborn, do Colorado, diz
que a administração atual não está fazendo o suficiente aos assuntos relacionados a
WikiLeaks e segurança nacional. Já o republicano Steve King diz que Assange quer destruir a
civilização ocidental e derrubar a Constituição, e o acusa de traição.
1 de dezembro: WikiLeaks é retirado dos servidores da Amazon.
7 de dezembro: Julian Assange se apresenta à polícia britânica após ter mandado de prisão
expedido, em resposta a um pedido da justiça sueca.
14 de dezembro: A Julian Assange é concedida fiança, com a condição de que ele
providencie o valor de £ 200.000 para o tribunal, com mais £ 40.000, garantidos em duas
fianças de £ 20.000 cada. Ele permanecerá na prisão até 16 DE DEZEMBRO, aguardando a
resolução de um recurso contra a decisão de fiança apresentado pela promotoria sueca.
16 de dezembro: é concedida a Assange prisão domiciliar enquanto aguarda sua audiência
em fevereiro.
2011
11 de janeiro: o representante do Departamento de Estado, Pj Crowley, afirma que
“WikiLeaks é sobre divulgação não autorizada de informações secretas, não é um exercício de
liberdade na internet”.
19 de janeiro: Anistia Internacional denuncia tratamento de Bradley Manning em
Quantico, Virgínia.
24 de fevereiro: Na Corte Belmarsh Magistrates em Londres, o juiz Howard Riddle
decide que Assange deve ser extraditado para a Suécia.
25 de abril: WikiLeaks começa a divulgar os Arquivos de Guantánamo, centenas de fichas
de 759 prisioneiros na prisão americana para terroristas, incluindo fichas médicas e relatos de
interrogatórios.
3 de março: Defesa de Assange entra com pedido na Alta Corte britânica para bloquear a
extradição à Suécia.
11 de março: Porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, PJ Crowley, chama o
tratamento dado a Bradley Manning de “ridículo, contraproducente e estúpido” e pede
demissão logo depois.
Maio: para advogados do Departamento de Justiça, a aplicação da lei norte-americana
beneficiará a revolução digital, e, para isso, dependerá do auxílio internacional para investigar
e recolher provas no exterior, e mencionam que WikiLeaks oferece orientações acerca da
descoberta eletrônica.
12 de julho: Julgamento do pedido da defesa de Assange. Eles alegam que o pedido de
extradição não poderia ter sido feito pela promotoria sueca, mas apenas por uma autoridade
judicial.
13 de julho: a Alta Corte britânica decide ouvir o apelo de Assange contra a extradição.
1 de setembro: Todos os 250 mil documentos diplomáticos norte-americanos, sem
qualquer restrição aos nomes, vazam na internet. A política do WikiLeaks era retirar todos os
nomes de defensores de direitos que pudessem sofrer retaliações por terem ido a embaixadas.
Mas a chave para a criptografia de arquivos que estavam na rede vazou, e os documentos
foram disponibilizados por hackers.
2 de novembro: A Alta Corte britânica confirma a decisão da instância inferior de
extraditar Assange.
3 de novembro: é realizado um grande exercício de segurança cibernética entre Estados
Unidos e Reino Unido – EU-US Working Group on Cyber-security and Cyber-crime.
1 de dezembro: WikiLeaks publica os “Arquivos da Espionagem”, 287 e-mails, folhetos e
vídeos de propaganda de 160 empresas que vendem tecnologia de vigilância em massa para
empresas e governos – inclusive governos ditatoriais.
5 de dezembro: Assange ganha o direito de pedir na Corte Suprema britânica a reavaliação
do seu caso de extradição, pois o tema é de interesse público.
2012
27 de fevereiro: WikiLeaks começa a publicar os Arquivos de Inteligência Global, mais de
5 milhões de e-mails da empresa de análise de inteligência Stratfor, que haviam sido
hackeados dos servidores da empresa pelo grupo Anônimos.
5 de março: Relator da ONU sobre tortura, Juan E. Mendez, diz que “acredito que Bradley
Manning foi sujeito a tratamento cruel, desumano e degradante durante o seu excessivo e
prolongado isolamento em que foi mantido durante nove meses em Quantico.”
30 de maio: A Corte Suprema britânica decide que Assange deve ser extraditado para a
Suécia para ser interrogado no caso de crimes sexuais. A Corte decide que o pedido feito pela
promotoria sueca é válido segundo leis britânicas. Ele tem catorze dias para recorrer.
14 de junho: A Corte Suprema nega o pedido de Assange para reabrir o caso de legalidade
do pedido de extradição.
19 de junho: Julian Assange pede asilo na embaixada do Equador em Londres.
5 de julho: o WikiLeaks começa a publicar mais de 2 milhões de e-mails do governo da
Síria, provenientes dos ministérios da Presidência, de Relações Internacionais, Finanças,
Informação e Transporte e Cultura.
15 de agosto: O governo equatoriano recebe uma carta da chancelaria do Reino Unido
afirmando que tem o poder de revocar o status de embaixada a qualquer momento. Governo
do Equador considera a carta uma ameaça de invadir sua embaixada.
16 de agosto: O Equador concede asilo político a Julian Assange. O governo britânico se
nega a dar um salvo-conduto. Têm início negociações entre os dois países.
24 de agosto: Reunião de emergência na sede da Organização dos Estados Americanos
(OEA) em Washington, onde estavam os chanceleres de todos os países-membros, aprovou por
consenso, resolução de “solidariedade e apoio” ao Equador em relação à inviolabilidade de sua
embaixada, em Londres.
25 de outubro: O WikiLeaks começa a publicar cem arquivos secretos do Departamento
de Defesa dos Estados Unidos detalhando políticas de detenção do Exército no Iraque e em
Guantánamo.
7 de novembro: Defesa de Bradley Manning propõe que ele “aceite responsabilidades”
parciais sobre os crimes imputados a ele. A proposta incluiria aceitar responsabilidade pelo
vazamento parcial dos documentso secretos americanos.
29 de novembro: Bradley Manning depõe pela primeira vez em um procedimento pré-
julgamento, nos EUA. Ele explicou como se sentiu quando foi preso no Kuwait em 2010: “Me
lembro de pensar: vou morrer. Pensei que morreria naquela jaula”.
2 de dezembro: A justiça militar determina que o julgamento de Bradley Manning deve
ser marcado para meados DE MARÇO de 2013, devido à discussão sobre se ele foi mantido em
confinamento ilegal.
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O livro pode ser baixado no link AQUI.
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